Entrar pela primeira vez no Maracanã lotado impressiona qualquer torcedor. Entrar no gramado ao lado dos ídolos e ser saudado por uma torcida fanática impressiona ainda mais. Foi assim que começou a paixão pelo Flamengo de Rafinha Alcântara, meia do Barcelona, que estreia nesta quarta-feira, contra a Venezuela, como titular da seleção brasileira, no Sul-Americano sub-20.
No início da década passada, em um jogo do Rubro-Negro no Maracanã, Rafinha e seu irmão Thiago Alcântara, meia da Espanha e do Barcelona, foram convidados para entrar em campo com os jogadores do Flamengo. Rafinha entrou de mãos dadas com o goleiro Júlio César, hoje no Queens Park Rangers. Thiago, por sua vez, acompanhou o então camisa 10 Petkovic. Não deu outra. Os corações bateram mais forte, e os dois adotaram a paixão pelo clube carioca naquele momento. Apesar de o pai Mazinho ter sido ídolo no rival Vasco, no Palmeiras e na Europa, já não havia mais jeito. O coração de Rafinha havia sido arrematado naquele dia e se transformado rubro-negro. Em seguida, os irmão passaram a integrar as categorias de base do Flamengo.- Fui a um jogo do Flamengo no Maracanã com o meu irmão. Ele entrou em campo com o Petkovic e eu entrei com o Júlio César. Quando entramos no Maracanã e vimos a torcida do Flamengo, não teve jeito. Ali, naquela hora, viramos flamenguistas. Até então não torcia para ninguém. Mas quando vi aquela galera nas arquibancadas...Meu irmão também virou flamenguista na hora - revelou Rafinha.
- Joguei por dois anos na categoria pré-mirim do Flamengo. Eu e meu irmão já éramos flamenguistas quando ingressamos. Jogar no Flamengo para a gente era o máximo. Tenho lembranças bonitas. Agora na Seleção reencontei o Valtinho (Valteriano Favia), nosso fisioterapeuta. São lembranças maravilhosas que tenho do clube.
A saída do Flamengo se deu porque o pai Mazinho decidiu abrir uma escolhinha de futebol na Espanha. Com a mudança, Rafinha e Thiago passaram a treinar no Barcelona, onde hoje são jogadores profissionais. Se treinar no Flamengo era "o máximo" quando crianças, voltar para a Gávea no momento, aos 19 anos, não passa pela cabeça do camisa 20 da Seleção sub-20. Uma transferência no futuro, no entanto, não está descartada.
- Torço para o Flamengo. Sou flamenguista no Brasil. O sonho de qualquer moleque flamenguista é um dia jogar no Maracanã com a camisa do Flamengo. Mas agora estou no Barcelona, e estou feliz. Mas o futuro pertence a Deus... - sorriu Rafinha, com brilho nos olhos.
Fonte:Globoesporte.com
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