01/06/2012

"A Luta está apenas começando"

Em virturde da ação judicial movida por Ronaldinho Gaúcho contra o Flamengo, a diretoria do clube se pronunciou mais uma vez sobre o caso numa entrevista concedida na tarde desta sexta-feira (01.06), na Gávea. A presidente Patricia Amorim externou o sentimento da instituição, o diretor de futebol Zinho falou sobre a complicada relação do jogador com o departamento de futebol e o vice-presidente jurídico rubro-negro Rafael De Piro explicou as medidas judiciais que serão tomadas para proteger os interesses do Mais Querido do Brasil.

Com a palavra, Patricia Amorim fez um pronunciamento, garantindo que fará tudo o que puder ser feito para defender a honra do Flamengo diante dessa pancada.

"Queria dizer para a Nação que nosso sentimento é de decepção, de tristeza. Fizemos um esforço enorme e acreditamos muito nesse investimento quando contratamos ele. No primeiro ano foi um grande negócio e, com a saída do parceiro, fomos corretos, acreditando que teríamos um retorno. Arcamos com uma dívida que não era nossa e, daí em diante, mantivemos conversas com o jogador sempre sendo francos, olho no olho. Agora recebemos essa pancada de quem disse que sairia pela porta da frente", afirmou a presidente rubro-negra, dirigindo suas palavras para os torcedores, maior bem do Flamengo.

"A torcida também apostava nele quando contratamos, mas ao longo do tempo o que todos esperavam não aconteceu. Foi uma decepção enorme e peço desculpas aos torcedores se o Flamengo falhou. Mas seremos implacáveis em busca dos direitos do clube. Vamos nos mobilizar para isso e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance, em qualquer esfera. Não existe jogador, dirigente... ninguém que possa se achar maior do que o Flamengo. E nem permitiremos que tentem manchar o nome da instituição. A luta está apenas começando".

Esfera jurídica
Vice-presidente jurídico rubro-negro, Rafael De Piro explicou que alguns pontos levantados pela ação de Ronaldinho Gaúcho não condizem com a verdade. Além disso, assim como a presidente do clube, afirmou que este caso virou questão de honra para os rubro-negros, de dentro e fora do clube.

"O sentimento geral é de indignação por tudo o que ele fez com o clube durante esse tempo todo. Fizemos um esforço enorme para manter o jogador aqui e não tivemos nenhuma contrapartida. Em troca, recebemos um mandado. Os rubro-negros podem ter certeza que isso tudo se traduzirá em trabalho. Tenho recebido ligações de muitas pessoas ligadas ao meio jurídico, de todo o Brasil, e teremos uma mobilização nacional. Isso virou questão de honra para o Flamengo. Vamos reverter essa causa seja onde for", explicou, reafirmando que o valor pedido pelo atleta é questionável.

"Esse valor não faz nenhum sentido para nós, é descabido. O que o Flamengo deve ao jogador são valores referentes ao direito de imagem. Não acredito que o clube tenha que pagar nenhuma multa e já provamos que o FGTS estava depositado. Eventualmente, o Flamengo é que pode pedir até uma indenização".

Futebol
Recém-chegado ao departamento de futebol rubro-negro, o diretor Zinho também foi contundente ao comentar a decisão de Ronaldinho Gaúcho de entrar na Justiça contra o Flamengo. De acordo com ele, quem não foi profissional foi o jogador, e durante algum tempo.

"A posição do futebol do Flamengo é a mesma da presidente. Fui contratado com autonomia para ser profissional. Não vim aqui para brincar. Quando cheguei aqui recebi um pedido para deixar o futebol do Flamengo organizado, com uma conduta profissional. Fui claro com os atletas e não gosto de conversar pela imprensa. Fui direto e falei com todos. Com ele, falei uma única vez sobre um desvio e disso, na frente de todos, que não iríamos permitir isso. Acabou a bagunça, acabou a festa. Disse para eles que quem quiser, fica. Quem não quiser, que vá embora. E todos eles disseram que queriam, inclusive o Ronaldinho", disse Zinho, indo mais a fundo sobre os últimos acontecimentos.

"Ele não foi na viagem do time para o Piauí. Já tínhamos um posicionamento, mas houve essa antecipação dele, pedindo o desligamento na Justiça. A corda apertou, não tinha mais regalias para ninguém e acho que isso pode ter sido um dos motivos para ele sair pela porta dos fundos. Sempre tentei motivar , trazer ele de volta. Seria uma coisa boa para os dois lados. Infelizmente não aconteceu. Tentamos, mas ele não quis. Ele errou com o futebol do Flamengo e não teve atitudes de atleta profissional. Também estou triste, não queria que fosse dessa forma, mas o torcedor precisa saber que brigamos pelo Flamengo. O clube está acima de todos e a conduta a ser seguida é essa", encerrou. 

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