02/12/2011

Júnior, o craque que virou Maestro.


Junior foi um dos maiores laterais-esquerdos que o futebol brasileiro
 conheceu. E também um meio-campo dos mais talentosos, um setor
 que comandava com tal precisão a cadência do jogo que lhe valeu o
 apelido de Maestro.
O paraibano Leovegildo Lins Gama Junior começou nas peladas do
 futebol de areia na praia de Copacabana a forjar o seu futebol de 
técnica refinada com que brilhou no Flamengo, na Seleção 
Brasileira, no Torino da Itália e novamente no Flamengo, onde 
conquistou os títulos de campeão da Copa do Brasil em 1990,
 carioca, em 1991, e brasileiro em 1992, este aos 38 anos - correndo,
 dando passes milimétricos, cobrando faltas com precisão, um 
verdadeiro comandante em campo.
A longevidade de Júnior nos gramados se deveu à compleição física
 perfeita, um jogador que em todos os anos na carreira nunca teve 
uma contusão grave. Começou a mostrar potencial cedo, ainda um 
juvenil, quando entrou no time titular do Flamengo nos jogos finais
 do Campeonato Carioca de 1972. Marcou um gol no América, na
 decisão do terceiro turno, voltou a marcar no mesmo América pelo
 primeiro jogo do triangular final que tinha também o Vasco, e
 terminou o ano como campeão carioca e dono da camisa 2 - ele
 era, sim, lateral-direito.
No troca-troca feito entre Flamengo e Fluminense em 1975, e com a
 vinda de Toninho das Laranjeiras para a Gávea, passou para a
lateral-esquerda. Na posição, se consagrou com atuações de gala
 pelo Flamengo, como no Campeonato Brasileiro de 1981, que
 ratificaram a sua presença frequente na Seleção Brasileira.
A primeira Copa do Mundo que disputou foi a de 1982, na Espanha.
 Poderia ter sido quatro anos antes, em 1978, quando 
inexplicavelmente não foi convocado na lista final pelo seu técnico
 no Flamengo, Cláudio Coutinho, que preferiu levar para a disputa 
na Argentina Rodrigues Neto e Edinho, improvisado na posição.
Júnior foi um dos melhores no time na Copa do Mundo de 1982 e
 foi contratado pelo Torino, da Itália, onde igualmente birlhou, a
 ponto de ser considerado o melhor jogador do Campeonato Italiano
 em 1985.
Pela Seleção Brasileira, de 1979 a 1982, Júnior disputou 82 jogos e
 marcou oito gols.

fonte:cbf

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